Todos sabemos que um dos maiores patrimônios de um clube é a "torcida", porém para alguns clubes as torcidas estão tirando o sono, o sossego e está se tornando um grande pesadelo. Não é de hoje que sabemos dos problemas causados pelas torcidas organizadas no futebol brasileiro.
Desde os anos 80/90 que as torcidas organizadas promovem uma grande festa, bem como uma grande destruição a paz, a moralidade e aos bons costumes que deveriam ser seguidos nos estádios.
Dessa forma, cumpre dizer que o Estatuto do Torcedor sofreu algumas modificações para coibir a ação dos inúmeros torcedores organizadas que apenas atrapalham o show (esporte) causando grande prejuízo ao público em geral que frequenta o estádio e também a equipe que manda o campo.
No ano passado, vimos a torcida do Grêmio depredar parte do estádio, e quebrar a cabine do VAR, lembrando que naquele jogo específico o Grêmio brigava para fugir do rebaixamento, o que não ocorreu, foi rebaixado.
A consequência para os torcedores que teve repercussão, foi a do Grêmio jogar as partidas de portões fechados.
Esse ano, temos mais ações violentas de torcidas organizadas que prejudicaram o espetáculo, onde a equipe do Bahia e do Grêmio se negaram a jogar, justamente em virtude da insegurança causada pelas ações violentas das organizadas.
Nesse sentido, é preciso destacar que o Estatuto do torcedor ampliou para as organizadas e seus associados punição de até 5 anos de frequentarem estádios, em razão de atitudes violentas ocorridas no estádio, no campo, no centro de treinamento, etc.
Contudo, não é suficiente, é preciso que a legislação seja aplicada de forma individualizada aos agressores, ou seja, ir além da própria torcida e individualizar a pena aos torcedores envolvidos nessas badernas.
Isso reforça a idéia de efetividade legislativa que não temos, ou seja, saindo do cenário “teórico legal” e partindo para o cenário de aplicação legal efetiva, com resultados que cause impacto social positivo.
Está na hora do futebol brasileiro encontrar seu brilhantismo dentro de fora de campo, sem violência, mas com o espetáculo dos dribles, dos gols, e, de uma torcida apaixonada por seu time que aproveite o espetáculo em paz.
Por: Alan Cruz
Advogado Desportivo
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